domingo, 20 de março de 2011


A afabilidade e a doçura


A benevolência para com os semelhantes, fruto do amor ao próximo, produz a afabilidade e a doçura, que lhe são a manifestação. Entretanto, não é preciso fiar-se sempre nas aparências; a educação e o hábito do mundo podem dar o verniz dessas qualidades. Quantos há cuja fingida bonomia não é senão máscara para o exterior, uma roupagem cuja forma premeditada esconde as deformidades ocultas!
O mundo está cheio de pessoas que tem risos nos lábios e o veneno no coração; que são brandas, contanto que nada as machuque, mas que mordem à menor contrariedade; cuja língua dourada, quando falam face a face, se transmuda em dardo envenenado, quando estão por detrás. [...]
Não basta que dos lábios gotejem leite e mel, pois se o coração nada tem com isso, há hipocrisia. Aquele cuja afabilidade e doçura não são fingidas, nunca se contradiz; é o mesmo diante do mundo e na intimidade; ele sabe, aliás, que se pode enganar os homens, pelas aparências, não pode enganar a Deus.


(Lázaro, Paris, 1861)


P.S Desejo a todos um ótimo finzinho de domingo... E que essa nova semana que se inicia seja de mtas realizações... Que Papai do céu nos abençoe.
Beijinhos a quem por aqui passar!


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